“Torço para que tenha sido um acidente”, diz filho de Teori

Francisco Prehn Zavascki: "Seria muito ruim para o País saber que meu pai foi assassinado"

                         Fernando Mellis, do R7
                   
                   Teori Zavascki se preparava para as homologações das delações 
                   premiadas de executivos da Odebrecht

O filho do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki afirmou nesta sexta-feira (20) que o magistrado havia dito a ele que 2017 seria um ano complicado para o País, por causa dos efeitos dos desdobramentos da Lava Jato. Em conversa com o R7, Francisco Prehn Zavascki também falou que quer crer que a morte do pai, em uma queda de avião no litoral fluminense ontem, tenha sido um acidente.
— Nesse momento não tenho o que dizer, não deu tempo de sentir outra coisa senão a dor da perda. Mas eu, sinceramente, torço para que tenha sido um acidente. Acho que seria muito ruim para o País saber que meu pai foi assassinado
O ministro estava prestes a homologar as delações dos executivos da Odebrecht na Operação Lava Jato. Ele, inclusive, esteve no Supremo durante as férias, nesta semana, e falava constantemente com assessores por telefone.
Sobre os desdobramentos da Lava Jato, Francisco diz que Teori comentou que seria um “ano difícil”.

— Ele se referia ao que ele já tinha visto nas delações e o que imaginava que iria causar.


Francisco ainda falou que o ministro e o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do avião e também morto no acidente, costumavam sempre fazer viagens programadas. Eles já eram amigos há alguns anos.

O filho, no entanto, diz que Teori não temia sofrer algum tipo de retaliação pela forma como atuava como magistrado.

— Essa questão da segurança, ele se preocupava muito pouco, que era o que causava mais medo na família. Ele achava difícil que alguém pudesse fazer alguma coisa com ele.

Em junho do ano passado, um post de Francisco no Facebook gerou dúvidas sobre possíveis ameaças recebidas pelo ministro. Na ocasião, ele escreveu: “Se algo acontecer com alguém da minha família, vocês já sabem onde procurar".

O acidente

O avião de modelo Beechcraft C90GT, prefixo PR-SOM, decolou do aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, por volta das 13h (horário de Brasília), e tinha como destino o aeroporto de Paraty (RJ). A queda ocorreu por volta de 13h30, a cerca de 2 km de distância da cabeceira da pista (veja o quadro abaixo).

O avião levava cinco pessoas: além de Teori, o empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, de 69 anos, o piloto Osmar Rodrigues, de 56 anos, e mais duas mulheres, que ainda não foram identificadas.

A aeronave estava em nome da Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras Limitada. O acidente já está sendo investigado pela PF (Polícia Federal) e MPF (Ministério Público Federal).

O grupo seguia para uma propriedade de Fuilgueiras no litoral fluminense. Segundo autoridades, chovia no momento do acidente e a visibilidade na região era baixa. O aeroporto de Paraty não possui instrumentos para auxiliar no pouso. 

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