Gleisi Hoffmann vai ao Supremo para tentar anular indiciamento pela PF


Senadora e marido Paulo Bernardo foram indiciados pela PF por corrupção.
Segundo PF, campanha dela recebeu R$ 1 milhão desviado da Petrobras.


Do G1, em Brasília


A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) anunciou nesta segunda-feira, no plenário do Senado, que protocolou uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o indiciamento dela e do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, por corrupção, pela Polícia Federal.


Ela também afirmou que enviou representação ao ministro da Justiça, Eugênio Aragão, pedindo apuração dos motivos que levaram a Polícia Federal a indiciá-la


Ao concluir inquérito no âmbito da Operação Lava Jato, a PF indiciou a senadora por entender que há indícios suficientes de que a campanha dela ao Senado recebeu R$ 1 milhão em recursos desviados da Petrobras, o que a parlamentar nega.








A assessoria da senadora informou que a reclamação já foi protocolada, mas, até a última atualização desta reportagem, não havia registro no sistema eletrônico do Supremo.


Para Gleisi, a PF não tem competência para indiciá-la. “Eu estou protocolando hoje, junto ao STF, reclamação acerca do indiciamento que me foi imposto pela Polícia Federal na semana passada, com base no artigo 102, inciso I, alínea b da Constituição Federal, com o objetivo de salvaguardar a competência do Supremo Tribunal Federal e denunciar infringência da Autoridade Policial ao promover o indiciamento sobre o qual não tinha competência qualificada”, afirmou a senadora.


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Segundo o relatório da Polícia Federal, ao qual a TV Globo teve acesso, o suposto pedido de dinheiro para a campanha de Gleisi teria sido feito ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa quando Paulo Bernardo era ministro do Planejamento do governo Lula e só porque o ex-ministro teria conhecimento do esquema de desvios na Petrobras.


Na última sexta-feira (1º), Gleisi já havia utilizado a tribuna do Senado para se defender das acusações. Na ocasião, ela disse que desconhecia os delatores Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e Alberto Youssef, doleiro, que disseram que a campanha da parlamentar teria recebido dinheiro desviado da Petrobras. A senadora negou a irregularidade.


Nesta segunda, Gleisi disse que a Polícia Federal vem cometendo “reiterado excessos” ao longo das investigações da operação Lava Jato e afirmou que a decisão do órgão de indiciá-la tem o objetivo de expô-la publicamente.

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