Polícia Federal Encontrou Contratos Milionários De Câmbio Com Coronel Amigo De Temer


Do Valor:
A Polícia Federal (PF) encontrou contratos de câmbio de US$ 1,2 milhão e ?EUR 1,4 milhão em endereço do coronel aposentado da PM João Baptista Lima Filho, amigo do presidente Michel Temer (PMDB) há mais de 30 anos e apontado por delatores como operador do pemedebista. Ele é acusado de receber R$ 1 milhão que teriam Temer como destinatário final, de acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR). A defesa de Temer tem negado as acusações.
Os documentos estão relacionados à empresa AF Consult, que mantém contrato com a Eletronuclear e é alvo de investigação da Operação Lava-Jato por indícios de corrupção e lavagem de dinheiro.
A PF apreendeu “pasta com documentos referentes a operações em moedas estrangeiras e um contrato de câmbio (Dascam Corretora de Câmbio Ltda.)” e também uma “pasta preta (Ourinvest) com documentos referentes a operações de transferência em moeda estrangeira, confirmações de operações de derivativos, contratos de câmbio, operações de derivativos do Banco Ourivest e AF Consultant Switzerland Ltda.”
O material foi encontrado na sede da Argeplan Arquitetura e Engenharia Ltda., na Rua Juatuba, 68, na Vila Madalena, em São Paulo.
Foram 8 contratos de câmbio apreendidos, cujos valores somam R$ 881 mil. Dois contratos são datados de setembro deste ano. Os outros 6 são de março e abril deste ano.
O quadro de sócios da Argeplan, do coronel Lima, tem como integrante a AF Consult, empresa com sede na Grande São Paulo e que foi contratada pela finlandesa AF Consult Ltd., juntamente com a empreiteira Engevix. A AF Consult Ltd. E a Engevix foram contratados por R$ 162 milhões pela Eletronuclear, em 2010, para a realização de obras na Usina Nuclear de Angra 3.
A Lava-Jato afirma que esse contrato é um dos que teriam rendido pagamentos de propinas ao vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, que presidiu a Eletronuclear e já foi condenado a 43 anos de prisão em primeira instância por corrupção, lavagem, evasão de divisas, embaraço às investigações e organização criminosa, segundo decisão da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

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