Estadão
Adversários de José Sarney no Amapá e no Maranhão veem “o fim de um ciclo” com a anunciada desistência de José Sarney de disputar a eleição neste ano.
Segundo Flávio Dino, candidato do PC do B ao governo maranhense, a saída de Sarney da vida política e a desistência da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), de concorrer a um cargo eletivo são sinais evidentes de “esgotamento político” do grupo. A decisão de Sarney, avaliou, foi motivada pela perda de apoio popular. “Sarney é o último político pré-golpe de 1964 em atividade.”
A decisão não surpreendeu lideranças políticas do Amapá. O presidente do PT no Estado, Joel Banha, e o governador Camilo Capiberibe (PSB) acreditam que a desistência de Sarney abre caminho para a formalização da chapa entre PT e PSB nas eleições estaduais, esvaziando a possibilidade de uma intervenção da executiva nacional petista no diretório local. “Não tem mais nenhum motivo para fazer intervenção”, afirmou Banha.
Para Capiberibe, a decisão de Sarney é uma “notícia boa”. “Isso representa a possibilidade de aposentarmos um modelo de fazer política”, disse ele.
O candidato ao governo do Amapá apoiado por Sarney é o ex-governador Waldez Góes (PDT). O PMDB trabalha para formar uma aliança com o PT no Estado, mas o partido pretende lançar a atual vice-governadora Dora Nascimento na disputa pelo Senado, dentro da coligação de Capiberibe. No Maranhão, o PT apoia o candidato de Sarney, o senador Lobão Filho (PMDB), aliado de Sarney.
Se localmente Sarney amarga um declínio, no governo federal ele mantém influência. Nos 12 anos de gestão do PT no Planalto, Sarney teve mais poder no setor elétrico do que os próprios petistas. Atualmente, ele controla politicamente o Ministério de Minas e Energia.
fonte - http://www.marrapa.com/
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