O escândalo da máfia dos precatórios que explodiu no Estado do Maranhão, após o depoimento na Polícia Federal de Meire Bonfim da Silva Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, poderá resultar na prisão de integrantes do Governo Roseana.
A revelação que Meire Poza fez com detalhes sobre um grande esquema de corrupção no Governo do Maranhão, apontou a participação de quatro pessoas envolvidas no caso de suborno com o doleiro Youssef.
Estão na mira da PF, o ex-chefe da Casa Civil, João Guilherme Abreu, a ex-secretária adjunto de Gestão e Previdência, Maria da Graça Marques Cutrim, o atual secretário de Planejamento, João Bernardo Bringel, e a procuradora Geral do Estado, Helena Maria Cavalcanti Haickel.
A confissão da ex-contadora do doleiro poderá fazer a Justiça Federal decretar a prisão dessas pessoas, que segundo Meire Poza, participaram no dia 10 de setembro do ano passado de uma reunião onde fecharam o acordo com Alberto Youssef de pagar R$ 120 milhões de precatório para construtora Constran, que já recebeu ao todo R$ 33.065.334,12 dos cofres públicos do Estado.
A empresa foi favorecida diante desse acordo, porque furou a fila de quem está na vez para receber esses pagamentos judiciais. Foi a própria Constran que pediu para o doleiro subornar o Governo do Maranhão, oferecendo R$ 6 milhões para efetuar o pagamento dos precatórios à construtora. Em troca, o doleiro também receberia uma quantia na “negociação” no valor de R$ 12 milhões.
A contadora Meire Poza falou ainda, que Youssef esteve no dia 17 de março deste ano em São Luís, para entregar uma propina de R$ 1,4 milhões a pessoas do alto escalão do Governo Roseana.
Todos os envolvidos que foram citados pela ex-contadora deverão ser intimados para prestarem esclarecimento, diante da gravíssima denúncia.
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