A governadora Roseana Sarney deve ter passado o final de semana pensativa – e também preocupada.
Ainda mais depois que o jornal O Globo, deste domingo,voltou a denunciar que a filha do senador José Sarney é investigada por suspeita de receber propina para que o governo do estado antecipasse o pagamento de um precatório de R$ 120 milhões às construtoras UTC/Constran. O acordo, de acordo com o jornal, teria sido intermediado pelo doleiro Alberto Youssef e foi descoberto no âmbito da Operação Lava-Jato.
O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, já decretou a prisão de 27 pessoas e o bloqueio de R$ 720 milhões dos suspeitos de integrar o esquema de lavagem de recursos. A governadora Roseana Sarney, por estar envolvida no referido esquema de corrupção, pode também ser alcançada com a decisão do magistrado.
O caso de Roseana foi apartado do processo e remetido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em função de seu foro privilegiado. No entanto, uma hora ou outra a governadora vai ter que dá explicações sobre sua participação em ter recebido propina do doleiro e, consequentemente, receber uma punição (seja caso de prisão ou não) por seus delitos. O mais provável é que seja uma pena brando, porém não ficará impune.
A verdade é que a polícia está batendo cada vez mais próxima das portas dos Palácio dos Leões e toda essa história de renúncia de Roseana antes do término do mandato tem tudo a ver com isso. Em um de seus pensamentos ela, certamente já vislumbrou, mesmo que de forma remota, acordar por uns dias em lugar pequeno, cercado e pouco confortável.
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