Arraes ainda assombra os coronéis


ArraesParece que as declarações do presidenciável Eduardo Campos em Timon, ameaçando mandar o senador José Sarney para a oposição, mexeram com os brios do velho oligarca.
Como é do seu feitio, Sarney não passa recibo mas não falta quem lhe faça o papel de porta-voz. Dessa feita a incumbência coube a Hildo Rocha, ex-secretário de Cidades e articulação política do governo Roseana Sarney. E a resposta, é claro, não passa nem perto da crítica feita pelo ex-governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, aliás respeitosa embora ácida.
Para Hildo, Eduardo Campos trai a memória de seu avô, Miguel Arraes, ao criticar as velhas raposas da política brasileira.
Ou seja, Sarney se coloca em um pedestal simbólico, como que representando os vícios e as virtudes da velha política, ao lado de Arrais que durante toda a vida foi exatamente o contrário de tudo o que Sarney representou.
Basta lembrar que Arrais foi preso e exilado pelos mesmos generais que promoveram Sarney a líder da Arena. A tentativa de trazer Arrais para a cena política atual, além de canhestra é um desrespeito à memória de um político que jamais se aliou ao poder por conveniências biográficas, como Sarney fez a vida toda e pelo visto pretende continuar fazendo.
O exílio de Arrais, seu padecimento como pessoa e político, mereciam pelo menos o silêncio de quem ele combateu ao longo da vida.
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