O Maranhão não tem jeito mesmo. Tudo que é de negativo mora aqui ou vem pra cá. Somos a pole position em tudo que não presta e, por isso, nunca saímos da noticiário nacional.
O nosso estado voltou a ocupar as páginas negativas da imprensa nacional desde ontem com uma informação que abala os sentimentos e deixa transtornados corpo e alma.
Uma Ong aqui instalada, de nome Instituto Interamericano de Desenvolvimento Humano, recebeu R$ 17 milhões da Cruz Vermelha do nada. Mas aí vem a sacanagem: o dinheiro era de arrecadação para as vítimas da chuva da região Serrana do Rio de Janeiro, campanhas contra a dengue no Brasil, do terremoto no Japão e, pasmem os senhores leitores, combate à fome da Somália.
O pior de tudo é que o tal instituto mais conhecido aqui como “Humanos” é presidido pela mãe do ex-vice-presidente da Cruz Vermelha no Brasil, Aderson Marcelo Choucino, conforme revelou o jornal Folha de São Paulo e repercutido pelo G1 e GloboNews. A auditoria foi feita pela Federação Internacional das Sociedades, órgão da Cruz Vermelha, com sede em Genebra, na Suíça.
Então, o dinheiro para campanhas humanitárias acabou sendo criminosamente desviado e vindo logo para o Maranhão à uma Ong que quase ninguém sabe de sua existência.
“O que a gente está pedindo é que este dinheiro que saiu da Cruz Vermelha e foi para este instituto, ou ele seja devolvido, ou que seja prestado contas para onde foi, porque não chegou ao seu destino”, afirmou o secretário da Cruz Vermelha em entrevista ao GloboNews, Paulo Roberto.
O pior de tudo é que o desvio pode levar a suspensão das atividades da Cruz Vermelha em todo território nacional. Uma mácula enorme para um órgão que tem atuação humanitária em quase 200 países.
A Cruz Vermelha no Maranhão já gerenciou alguns hospitais públicos em convênio com a Secretaria de Estado da Saúde nos primeiros meses da gestão de Ricardo Murad. Por pouco não veio à tona um emaranhado de negócios e desvios que envolveriam o secretário de Saúde e alguns de seus assessores mais próximo.
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