Desde a semana passada, ao todo, já foram registradas as fugas de 10 presos. Agentes pedem melhorias da Sejus.
O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) confirmaram ao Cidadeverde.com
que dois presos fugiram na manhã desta segunda-feira (20) da
Penitenciária Agrícola Major Cézar Oliveira, localizada na BR 343, entre
os municípios de Teresina e Altos.
“Eles
fugiram porque estavam sendo ameaçados de mortes. Na semana passada
foram oito presos no total que conseguiram fugir. Houve até uma
tentativa de homicídio no presídio quando cerca de 15 presos agrediram
um detento”, informou o diretor Wellington Rodrigues.
Ainda
de acordo com representante da categoria, os presos que trabalham na
cozinha estão ameaçados de mortes após desentendimento com internos.
“Alguns presos acham que por eles estarem na cozinha tem regalias e em
troca disso passam informação para direção”, disse.
Por
volta das 7 horas da manhã desta segunda, os dois presos aproveitaram
falha da segurança e pularam a cerca do presídio, que funciona em regime
de colônia agrícola. Outra denúncia que o sindicato faz é que viraram
comum as agressões a agente penitenciários na Major Cézar.
“Já
pedimos providências concretas da Secretaria Estadual de Justiça devido
às ameaças de agressões e violência contra agentes. O último caso
aconteceu há 30 dias quando um agente foi agredido e ferido”, explica o
diretor do Sinpoljuspi.
Atualmente,
cerca de 250 presos cumprem pena na Major Cézar. O Sinpoljuspi alega
que as fugas constantes ocorrem devido a falta de estrutura de segurança
do presídio. “Há um problema porque a vigilância externa está precária e
os presos estão tendo facilidade”, critica.
A
direção do Sinpoljuspi pede, ainda, providência do setor de
inteligência da Secretaria de Justiça e ressalta que denúncias feitas
nesta segunda-feira pela OAB após visita a Casa de Custódia já haviam
sido externadas em relatório feito pelo sindicato.
Ainda
segundo Wellington Rodrigues, autoridades da administração pública já
recebem os documentos e são cientes dos problemas existentes no sistema
prisional do Piauí.
Resposta da Major Cézar
O Cidadeverde.com
entrou em contato com a direção da Colônia Agrícola para que as
denúncias fossem esclarecidas. De acordo com o capitão Paulo Oliveria,
diretor do presídio, ameaças dentro de presídios é algo que “sempre
existiu”.
“Sempre existem as rixas pessoais
entre os detentos e é claro que, por exemplo, não se pode mistura presos
por estupro com outros porque eles fatidicamente vão ser alvos de
violência. Sobre a denúncia de que os presos que trabalham na cozinha
são favorecidos: isso não procede”, avalia o gestor.
O
diretor esclareceu ainda sobre a questão da falta de segurança dita
pelo Sindicato. “Nossa situação já fez foi melhorar. Antes, tínhamos
apenas três policiais militares fazendo a vigilância externa. Hoje são
seis. Mas isso acontece devido a falta de efetivo da própria Polícia.
Estamos tentando resolver isso solicitando mais homens para a
vigilância”, explica Paulo Oliveira.
Flash de Yala Sena
Redação de Lívio Galeno
redacao@cidadeverde.com
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