A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, começou a mostrar suas forças para que a Operação Lava Jato não seja abafada por supostas articulações criminosas e suas manifestações começam a preocupar o presidente Michel Temer e, com certeza, o ministro do Supremo Tribunal Federal (#STF) Gilmar Mendes.
Conforme informações da Folha de São Paulo, as prisões dos amigos de Temer que foram requeridas pela procuradora mostram que os políticos que tentarem “abafar” ou “nocautear” a Operação Lava Jato poderão se dar muito mal. O próprio presidente está vendo seu #Governo ruir e ter um final vergonhoso, caso as denúncias provem supostas irregularidades cometidas por ele.
Algumas pessoas acreditavam que Dodge estaria em comum acordo com o ministro Gilmar Mendes em “conter” a Lava Jato, já que ele penderia para o lado de Temer, sendo que o emedebista foi quem nomeou a procuradora para o cargo na PGR. Ela chegou a ter um encontro com Mendes pouco antes de assumir o cargo e todos viam uma forte relação que poderia ser prejudicial às investigações.
Porém, as coisas mudaram completamente. A relação harmoniosa entre Dodge e Mendes acabou quando ela pediu o afastamento do então diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segóvia, logo após ele ter comentado que as denúncias sobre a propina em portos contra Temer não trazem indícios de nenhum crime e sugeriu que tudo fosse arquivado.
Na próxima quarta-feira (4), a sessão do julgamento do habeas copus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode causar um grande confronto entre Dodge e Mendes.
A procuradora quer Lula preso e não concorda com seu habeas corpus. O ministro do STF quer Lula solto e defende esse benefício ao ex-presidente. A Lava Jato vai ficar em jogo. A prisão dos amigos de Temer é um passo determinante de recado ao ministro Gilmar Mendes de que Lula deve ser penalizado como qualquer outro político criminoso.
Manifesto
Um documento assinado por vários procuradores, juízes federais e membros do Ministério Público Federal (MPF) será entregue aos 11 ministro do STF na segunda-feira (02). A intenção desse manifesto é defender a prisão em segunda instância e evitar que os ministros alterem o entendimento votado em 2016.
Um documento assinado por vários procuradores, juízes federais e membros do Ministério Público Federal (MPF) será entregue aos 11 ministro do STF na segunda-feira (02). A intenção desse manifesto é defender a prisão em segunda instância e evitar que os ministros alterem o entendimento votado em 2016.
Grave risco
Conforme informações do procurador Julio Marcelo de Oliveira, a decisão desta quarta, no julgamento de Lula, mostra que a democracia brasileira está em risco. Sem a prisão em segunda instância, não existe Lei e sim, impunidade. O momento será decisivo para o país.
Conforme informações do procurador Julio Marcelo de Oliveira, a decisão desta quarta, no julgamento de Lula, mostra que a democracia brasileira está em risco. Sem a prisão em segunda instância, não existe Lei e sim, impunidade. O momento será decisivo para o país.