Uma geração que
teve, em sua maioria, o primeiro contato com a política durante os
protestos que tomaram conta do país no ano passado
Adriana Caitano
Publicação: 19/01/2014 08:00
Atualização: 19/01/2014 09:27
A geração dos
protestos de junho vai às urnas pela primeira vez em outubro. Cerca de
11 milhões de adolescentes entre 16 e 20 anos que tiveram papel decisivo
no movimento que tomou as ruas do país no ano passado vão estrear nas
eleições. São jovens como os estudantes Aníbal Londe, 16 anos, e Ian
Viana, 18, que ainda não tinha vivenciado a atuação política e agora,
com o título de eleitor em mãos, poderão ajudar a colocar em prática as
transformações que reivindicaram. Atrair esse público será um dos
grandes desafios dos candidatos, principalmente aos postulantes ao
Planalto, que já afinam o discurso para se aproximar do grupo que
corresponde a pelo menos 10% do eleitorado e será determinante no
resultado.
Segundo números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a média de novos votantes entre 16 e 18 anos no país tem sido de 2 milhões a cada pleito e neste ano já estão garantidos quase 1 milhão — o cadastramento só será encerrado em maio (veja arte). A média dos demais adolescentes ainda no início da vida democraticamente ativa, entre 18 e 20 anos, é de 9 milhões. Se mantiverem a média de 11 milhões, juntos eles poderão contribuir para a vitória ou derrota de um candidato: em 2010, a diferença entre a presidente Dilma Rousseff e o segundo colocado, José Serra, ficou em 12 milhões de votos. E as manifestações podem ter ajudado a engordar esse número.
Aníbal Londe, que nunca gostou de política, despertou a curiosidade sobre o tema ao ver os colegas indo para as ruas em junho do ano passado. Depois de assistir aos protestos, convenceu-se de que, mesmo não sendo obrigado, votar seria uma forma de participar. “O Brasil é um dos países mais corruptos do mundo, isso desmotiva um pouco. Eu pensava que meu voto individual não ia mudar em nada, mas depois vi que cada voto é importante”, comenta o adolescente que acaba de concluir o ensino médio e pretende ser médico. “Se a história for mudada nas eleições, minha participação ficará registrada.”
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Segundo números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a média de novos votantes entre 16 e 18 anos no país tem sido de 2 milhões a cada pleito e neste ano já estão garantidos quase 1 milhão — o cadastramento só será encerrado em maio (veja arte). A média dos demais adolescentes ainda no início da vida democraticamente ativa, entre 18 e 20 anos, é de 9 milhões. Se mantiverem a média de 11 milhões, juntos eles poderão contribuir para a vitória ou derrota de um candidato: em 2010, a diferença entre a presidente Dilma Rousseff e o segundo colocado, José Serra, ficou em 12 milhões de votos. E as manifestações podem ter ajudado a engordar esse número.
Aníbal Londe, que nunca gostou de política, despertou a curiosidade sobre o tema ao ver os colegas indo para as ruas em junho do ano passado. Depois de assistir aos protestos, convenceu-se de que, mesmo não sendo obrigado, votar seria uma forma de participar. “O Brasil é um dos países mais corruptos do mundo, isso desmotiva um pouco. Eu pensava que meu voto individual não ia mudar em nada, mas depois vi que cada voto é importante”, comenta o adolescente que acaba de concluir o ensino médio e pretende ser médico. “Se a história for mudada nas eleições, minha participação ficará registrada.”
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