Não demorou muito para que asseclas do grupo Sarney atacassem o ex-governador de Pernambuco e pré-candidato a presidente da República, Eduardo Campos. No último sábado, em Timon, num evento que contou com mais de quatro mil pessoas, o presidente nacional do PSB disse, ao lado de Flávio Dino e outras lideranças de oposição que caso chegue ao Palácio do Planalto, o senador José Sarney aprenderia a ser oposição por quatro anos. O recado foi um petardo nas hostes sarneisistas, deixando sobremaneira preocupado determinados políticos que tem em sua essência o oportunismo.
Não é novidade, como se sabe, que Sarney sempre esteve ao lado dos presidentes eleitos. Não para ajudar e tampouco garantir o bem do povo brasileiro, mas para manter as benesses do poder. A velha raposa não dá um passo sem que vislumbre qualquer proveito ou vantagem. Foi com essa relação de puro oportunismo que durante todo o tempo em que adotou a política como profissão Sarney deixou os governantes reféns das suas chantagens políticas. No sentido de romper com essa prática nefasta, Eduardo antecipou que não haverá mais espaço para isso, algo que também já tinha sido dito pelo presidenciável Randolfe Rodrigues (PSOL).
Vale frisar que, em nenhum momento, Eduardo Campos foi desrespeitoso com o senador José Sarney. Apenas tratou de deixar bem claro seu ponto de vista político quanto a certos tipos de acordos – espúrios – prejudiciais ao país.
Mesmo assim, incomodados com a nova forma de fazer política, escudeiros da oligarquia trataram de sair dos porões e agiram na tentativa de desqualificar Eduardo Campos e sua família. Foi o caso do ex-secretário de Cidades e de Articulação Política do Governo Roseana Sarney, Hildo Rocha. Ele não só insultou Eduardo como a sua família. O aliado de Sarney e Roseana chamou o avô de Eduardo, o aguerrido Miguel Arraes de “consagrada raposa da política nordestina”, tentando igualá-lo, por baixo, à oligarquia Sarney no Maranhão.
Só que a história e os fatos atestam que Hildo foi injusto com a família Campos.
Primeiro, é necessário esclarecer que a abordagem que Eduardo Campos fez na sua fala proferida não foi direcionada às raposas da política. O presidenciável apenas criticou o fato de José Sarney ter sido a vida toda situação.
Dese modo, é sem parâmetro a comparação injusta que Hildo faz com o saudoso Miguel Arrais, ex-governador de Pernambuco. Algo totalmente desconexo com a realidade.
Arrais foi um militante aguerrido, oposição ao regime militar, preso e exilado, uma antítese da biografia de Sarney, que esteve ao lado da ditadura.
Sarney é um dos políticos mais detestados pela população brasileira. Todos conhecem suas práticas nada republicanas. O oligarca, portanto, é a pior companhia que se pode ter para qualquer pessoa a qual preze pela renovação e as boas práticas na política. É do lado de Sarney e companhia que Hildo sempre esteve (talvez por isso não tenha mais conseguido se eleger).
De mais a mais, basta comparar o estado de Pernambuco com o Maranhão. O primeiro avançou bastante nas gestões de Eduardo Campos. Houve projetos inovadores e exitosos em praticamente todas as áreas. Eduardo Campos seu trabalho reconhecido pela população pernambucana (saiu do governo com mais de 90% de aprovação). Já no estado governado pela oligarquia Sarney, do qual Hildo faz parte em cargos de alto escalão, os índices atestam que em quase cinco décadas de desgoverno, ainda predomina a pobreza e o atraso no Maranhão governado por Roseana Sarney no seu quarto mandato. O estado governado pela filha do senador José Sarney e Hildo Rocha ainda ostenta os piores indicadores sociais. É sinônimo de vergonha em todo o Brasil.
É isto que o insensato Hildo Rocha deveria se preocupar em explicar, melhor do que sair atacando pessoas. Falar da casa alheia quando a sua parece mais um chiqueiro não é nenhum pouco conveniente. Menos, Hildo!
fonte http://blog.jornalpequeno.com.br/johncutrim
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