Polícia descobre que amante matou mulher e ficou com corpo em motel

Segundo delegado, suspeito tentou apagar manchas de sangue no quarto.
Crime ocorreu no dia 17 de dezembro dentro de um motel na Zona Norte.
Para delegado, suspeito e vítima mantinham relação amorosa em segredo (Foto: Catarina Costa / G1)

Para delegado, suspeito e vítima mantinham relação amorosa em segredo (Foto: Catarina Costa / G1)




A Delegacia de Homicídio divulgou nesta quinta-feira (15) como a comerciante Maria da Cruz Batista foi assassinada. O corpo dela foi encontrado abandonado próximo a um shopping na Zona Leste de Teresina no dia 17 de dezembro. Segundo o delegado Emerson Almeida, o suspeito de cometer o crime é um homem que tinha um relacionamento amoroso com Maria da Cruz e o crime aconteceu dentro de um motel na Zona Norte. O delegado destacou a frieza com que o suspeito agiu já que chegou a passar horas com o corpo da vítima enquanto limpava as manchas de sangue no quarto.
Suspeito chegou a escrever bilhete para despistar a polícia (Foto: Catarina Costa / G1)Suspeito chegou a escrever bilhete para despistar
a polícia (Foto: Catarina Costa / G1)
Segundo o delegado, o crime foi solucionado a partir de um bilhete encontrado dentro do bolso da calça da mulher. “O autor do crime dizia no bilhete que a mulher foi assassinada porque estava com pouco dinheiro e tinha dois filhos advogados. Os erros de ortografia ajudaram a polícia a encontrar o suspeito. Com este bilhete, procuramos os familiares que apontaram quem escrevia daquela forma. A partir daí começamos a montar os últimos passos da vítima e descobrimos que ela tinha sido morta dentro de um motel”, contou.

Emerson Almeida revelou também que o assassino ficou horas com corpo da vítima dentro do motel enquanto apagava as provas do crime. Maria da Cruz foi assassinada com pancadas na cabeça feitas com uma chave de roda.

“Ele limpou as manchas de sangue do chão e lavou a colcha da cama. Em interrogatório à polícia, o homem alegou que havia ocorrido um acidente porque a empurrou e ela bateu com a cabeça na cama e em seguida no chão”, afirmou.
A polícia descobriu que esta versão dos fatos não se sustentava porque, segundo o delegado, o criminoso quis apagar as provas do crime ao se desfazer de uma flanela suja de sangue e de ter ido à casa de cunhado lavar sua calça.

“Depois do crime, ele seguiu para casa do parente e no dia seguinte levou o carro a um posto de lavagem, onde foi lavado apenas o tapete do porta-malas onde foi colocado a vítima. Esta ida a residência do cunhado foi para criar um álibi”, declarou.

Investigação
Após identificar o suposto assassino, o delegado relatou que depois começou a montar os últimos passos da vítima no dia 16 de dezembro e descobriu que ela tinha recebido várias ligações antes de ser morta.

Maria da Cruz Batista informou à família que iria visitar uma amiga no Centro de Teresina, no entanto, depois de pegar um mototaxi desceu do veículo na Praça do Marquês. “O mototaxista revelou ter levado Maria da Cruz até a Praça do Marquês. Com auxilio de câmeras de segurança, os policiais apuraram que os dois se encontraram na praça do Marquês e foram para o motel localizado a cerca de seis minutos”, afirmou.

O delegado destacou que o suspeito mantinha um relacionamento amoroso às escondidas com a vítima porque os dois eram casados. Em depoimento, o assassino afirmou que Maria da Cruz estava ameaçando contar sobre o caso para a sua esposa.

“Ele chegou a consolar os filhos da vítima no velório e depois fugiu para o Maranhão. E foi preso em um estabelecimento comercial no bairro Piçarra, na terça-feira (13) e agora seguirá para uma penitenciária do estado”, finalizou.

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