Lava Jato Do Rio ‘ABALA’ Brasília E Observa Atitude Suspeita No STF

Dando partida em Curitiba , a Operação Lava Jato acabou avançando para vários estados brasileiros e também no exterior, Além de Curitiba  o Rio de Janeiro se destacou em corrupção e a lava jato carioca assim chamada criou  uma complexa frente de investigação que teve forte reação do Judiciário. Desvios de milhões foram descobertos na construção do Comperj (Complexo Petroquímico da Petrobras), e na reforma do estádio do Maracanã para a Copa de 2014. As duas obras ficaram sob a responsabilidade de empreiteiras que, conforme as investigações, movimentaram milhões em desvios e superfaturamento. Surgiu a Operação Calicute e com ela a prisão do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral.
Com tantos casos de corrupção  apareceu o juiz Marcelo Bretas que trouxe um  rigor inigualável  nas investigações e decisões que levaram poderosos para a prisão. Bretas chegou a ser comparado com Sérgio Moro. Cabral viu seu esquema e organização criminosa ir se definhando. Muitos foram presos, e a maioria ligada ao ex-governador. Uma reação do Judiciário começou a surgir e tentar conter o avanço da Lava Jato no Rio.

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Marcelo Bretas mandou vários suspeitos de corrupção para a prisão. Porém, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) começou uma ofensiva contra as determinações do Juíz  Bretas. O ministro começou a reprimir decisões do magistrado e investigadores da lava jato.
Algumas decisões de Mendes acabou se tornando “estranhas” para a força-tarefa. No caso do ex-presidente da Fecomércio do Rio, Orlando Diniz, ele admitiu que não caberia à Corte dar o habeas corpus. Segundo ele, restavam ainda algumas etapas das instâncias inferiores para serem apuradas. Mesmo assim, Gilmar Mendes avisou que abriria exceção, pois a decisão de Bretas, segundo o ministro, é um verdadeiro “abuso de poder”. Tudo isso aconteceu em 31 de maio.
Quatro dias após Mendes soltar Orlando Diniz, um novo pedido de habeas corpus foi feito pela Defensoria Pública de São Paulo. Um homem de 56 anos havia sido preso pela polícia de Franca em 2017, após roubar R$ 140 de um taxista. A defensoria pediu ao ministro o habeas corpus desse detento. O motivo era porque ele ficou cego, após sofrer um acidente vascular em decorrência de um tumor no cérebro. Ele também tem HIV, tem paralisia nos membros e precisa da ajuda de colegas para fazer suas necessidades básicas.
Gilmar Mendes surpreendeu em sua decisão e falou que o homem deveria permanecer na cadeia. O argumento utilizado era que haviam etapas nas instâncias inferiores que precisavam ser cumpridas. Ou seja, ele usou um pensamento diferente do que teve em relação ao ex-presidente da Fecomércio.

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