De O Estado
O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, emitiu na segunda-feira, 18, um ofício que desmente informação divulgada há uma semana pela imprensa ligada ao governador Flávio Dino (PCdoB) dando conta de suposta auditoria apontando desvios de recursos no governo Roseana Sarney (PMDB).
Segundo o documento, o processo que culminou com a liberação de verbas de R$ 35 milhões para execução de obras e ações emergenciais no Maranhão, no ano de 2009, após enchentes que atingiram 68 municípios, nunca passou por qualquer auditoria da pasta.
“Esclareço não ter sido o referido processo objeto de auditoria, nem constatar qualquer irregularidade a pessoa de Vossa Senhoria quando no exercício do cargo de Governadora do Estado do Maranhão”, diz Barbalho, que assinou o ofício.
A informação oficial do Ministério da Integração Nacional encerra uma suspeita levantada pela mídia ligada ao Palácio dos Leões e endossada pelo próprio Flávio Dino: a de que Roseana teria atuado para desviar recursos do governo federal enviados ao Maranhão durante as graves enchentes de 2009.
Diante da ampla divulgação das supostas irregularidades, o governador chegou a recorrer à redes sociais, em sua página pessoal, para condenar a adversária. No dia 10 de setembro, após as primeiras publicações acusando Roseana, Dino foi à internet manifestar-se sobre o assunto.
“Registro minha indignação com aqueles que no Maranhão tiveram a coragem de roubar dinheiro destinado a vítimas de enchentes. Repugnante. Infelizmente não devemos nos surpreender com o que essa gente é capaz. Mas até dinheiro de vítimas de enchentes é realmente abjeto”, disse, numa espécie de endosso das falsas denúncias.
Ligações
A denúncia dos governistas foi vista por membros do PMDB como parte de um enredo para tentar ligar o nome da a ex-governadora Roseana Sarney ao de Geddel Vieira Lima, que foi novamente preso há duas semanas.
As suspeitas dos peemedebistas assentam-se no fato de que as notícias sobre o suposto desvio de recursos do Ministério da Integração Nacional – que em 2009 era comandado por Geddel – começaram a ser publicadas e replicadas pelos comunistas apenas após dias após a apreensão de R$ 51 milhões em dinheiro vivo que haviam sido escondidos pelo ex-ministro em um apartamento no centro de Salvador (BA).
De posse do documento que a isenta de qualquer irregularidade no caso, Roseana Sarney deve agora buscar reparação pelos danos sofridos nos últimos dias.
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