O apagão da oligarquia

Gilberto Lima

Vivemos os últimos dias de trevas no Maranhão. O apagão de cinco décadas está chegado ao fim. Um novo sol da esperança está nascendo. Dias sombrios ficarão no passado. Todos nós, maranhenses e os que aqui vivem e sonham com um futuro de paz e justiça social, aguardamos esse novo dia com muita esperança e fé. Será o fim dos grilhões da miséria e pobreza que aprisionam a maioria de nossa gente.

Golpes e contragolpes, armações nos tribunais, não cassarão nossas esperanças de dias melhores. O povo é soberano e já decidiu: adeus, oligarquia! Somos senhores de nossos destinos e não podemos ficar acorrentados a vontades daqueles que sempre se julgaram donos de tudo e de todos.

É visível o desespero da oligarquia. Usam de todos os métodos escusos e marginais para continuar esse ciclo de domínio, danoso e pernicioso. Sem escrúpulos e desprovidos de caráter, apelam para o jogo rasteiro, para a arapongagem, para interceptações de escutas telefônicas ilegais para atingir adversários. Até a própria governadora se transformou em uma agente de espionagem, uma espécie de araponga.

O que temem, afinal? Certamente, a prisão, depois do pleito eleitoral. Sem foro privilegiado, Roseana e Edinho Lobão podem ser levados a alguma cadeia pela Polícia Federal. Motivos para isso não faltam. São alvos de várias investigações por diversos crimes. Os mais recentes ainda estão em evidência na mídia nacional. E as coisas podem se complicar com as novas revelações do doleiro Alberto Youssef, o homem da propina dos precatórios pagos à Constran pelo governo do Maranhão.

Os criminosos do clã sabem que, a partir de janeiro de 2015, o chefe Sarney estará com poder minguado, em Brasília. Sem mandato, não terá como barganhar a permanência de Lobão no Ministério de Minas e Energia. Dilma quer distância dos aliados de Sarney. Com Lobão de volta ao Senado, o filho voltará à condição de suplente, que ficará sem foro privilegiado. Daí, a grande preocupação e as armações para tentar melar o pleito eleitoral. Sonham até com anulação da eleição, em se confirmando a vitória esmagadora de Flávio Dino. Uma tentativa de golpe que não vai prosperar.

O que querem usar como prova para uma suposta anulação do pleito – a gravação clandestina de conversas do presidente do TCE/MA – não será aceita em qualquer tipo de ação, por ter sido uma interceptação telefônica feita por alguém (a governadora) que não participava do diálogo entre Edmar Cutrim e outros líderes políticos. Esse tipo gravação é uma ilicitude e pode levar os autores - e os que a difundiram – a ser processados por danos morais e invasão de privacidade.


São os últimos atos de desespero. São os últimos momentos de trevas. É o apagão da oligarquia.

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