TJ e OAB repudiam conversa onde advogado sugere incendiar instituições

Postado em 15/04/2016 às 16:54 por Vanessa Alencar 
                         



A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL) e Tribunal de Justiça do Estado reagiram à divulgação de uma conversa, em um grupo de WhatsApp, onde o advogado Adriano Argolo propõe ocupar e incendiar sedes do TJ, OAB e de órgãos da imprensa.

Em nota, a diretoria da OAB afirmou que irá investigar o caso em todas as esferas “e adotará todas as medidas jurídicas para proteger o patrimônio dos advogados e responsabilizar os envolvidos nesse episódio lamentável”.

“O discurso propagado neste grupo demonstra um comportamento incompatível com o exercício da liberdade de expressão e do próprio estado democrático de direito. Incentivar a depredação de patrimônio público e dos próprios advogados, colocando em risco a segurança inclusive de quem circula nesses espaços - além de taxar as instituições democráticas de respeito como ‘fascistas’ - são atitudes incompatíveis com a postura de um advogado”, frisa a nota.

Ainda no documento, a diretoria da Ordem classifica de “muito grave” o conteúdo das discussões que surgiram no grupo denominado “Juristas pela Democracia”, do qual fazem parte advogados muito conhecidos em Alagoas.

“A OAB Alagoas acredita e defende que o amplo debate e o exercício da liberdade de expressão são direitos fundamentais, que foram conquistados com muita luta na nossa democracia, não podendo ser confundidos com atos de ameaça ou vandalismo”, conclui a nota.

Em nota, a presidência do TJ/AL assegurou que providências cabíveis estão sendo adotadas, no sentido de resguardar a integridade do prédio e das pessoas que nele transitam.

A presidência também frisou que “repudia, com veemência, qualquer tentativa de desrespeito aos preceitos constitucionais e democráticos vigentes neste país”.

Abaixo, confira as notas na íntegra.

Nota da OAB Alagoas

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL) tomou conhecimento através da imprensa alagoana, que em um grupo da rede social WhatsApp estaria havendo um movimento para invadir e ocupar a sede da Ordem, Tribunal de Justiça e outros repartições públicas, com a ameaça de depredar o patrimônio dos advogados e da sociedade.

Segundo as imagens que circulam na imprensa, as ameaças surgiram num grupo na rede social denominados “Juristas pela Democracia”, onde advogados muito conhecidos em nosso Estado promovem discussão com conteúdo muito graves. Em um trecho, um dos advogados coloca que “eu apoio todas as ocupações de órgãos fascistas como o TJ, OAB, órgão de mídia, vou mais além, apoio ocupar e tocar fogo”, disse um deles. Ainda na conversa, foi dito por outro advogado que “vamos invadir a OAB nova. Que horas é para ir para lá?”.

O discurso propagado neste grupo demonstra um comportamento incompatível com o exercício da liberdade de expressão e do próprio estado democrático de direito. Incentivar a depredação de patrimônio público e dos próprios advogados, colocando em risco a segurança inclusive de quem circula nesses espaços - além de taxar as instituições democráticas de respeito como ‘fascistas’ - são atitudes incompatíveis com a postura de um advogado.

Desse modo, a OAB Alagoas vem esclarecer que irá investigar o caso em todas as esferas e adotará todas as medidas jurídicas para proteger o patrimônio dos advogados e responsabilizar os envolvidos nesse episódio lamentável.

A OAB Alagoas acredita e defende que o amplo debate e o exercício da liberdade de expressão são direitos fundamentais, que foram conquistados com muita luta na nossa democracia, não podendo ser confundidos com atos de ameaça ou vandalismo.

A DIRETORIA DA OAB ALAGOAS

Nota da Presidência do TJ/AL

A Presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas tomou ciência, na tarde desta sexta-feira, da informação de que foi cogitada, em um grupo de discussão pelo aplicativo WhatsApp, a realização de um ataque à sede deste Poder Judiciário. 

Diante disso, resta asseverar que as providências cabíveis estão sendo adotadas, no sentido de resguardar a integridade do prédio e das pessoas que nele transitam. 

Por fim, a cúpula diretiva repudia, com veemência, qualquer tentativa de desrespeito aos preceitos constitucionais e democráticos vigentes neste país.

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