Servidora seria “protegida” de Jerry e foi apontada como a pivô do escândalo na SES
A funcionária Keilane Silva Carvalho, que teria sido indicada para os quadros da Secretaria Estadual da Saúde (SES) pelo secretário de Articulação Política do Governo Dino, Márcio Jerry, é apontada pela Polícia Federal como pivô do escândalo de corrupção no setor. Segundo as investigações, foi a partir da identificação do contracheque da servidora, que apontava pagamentos a ela na casa dos R$ 13 mil, que começaram as suspeitas de desvios de verbas públicas na pasta estadual.
Por meio de interceptações telefônicas obtidas a partir da primeira fase da Operação Sermão dos Peixes, que serviu como base para a Operação Pegadores, deflagrada hoje, foi possível a identificação de negociações do alto comando da saúde à época sobre o salário de Keilane. Essas confirmações começaram a ser feitas ainda em março de 2015, no entanto, desde este período, o Governo fez de tudo para negar os fatos e proteger a indicada.
A partir da constatação do supersalário à servidora, a PF descobriu uma rede que contava com repasse de verbas irregulares a outras 420 pessoas que constavam nos quadros da SES. “Foi a partir daí que também descobrimos o esquema que incluía empresas de fachada nas irregularidades”, disse o delegado Wedson Cajé da PF e que conduz as investigações.
Somente com as empresas e com os repasses de supersalários, a PF estima que aproximadamente R$ 18 milhões tenham sido desviados dos hospitais e unidades de saúde para os bolsos dos aliados de Flávio Dino ou captados para finalidades específicas do grupo fraudador. Estes valores já foram bloqueados por determinação da Justiça Federal, a partir de decisão da juíza substituta Paula Souza Moraes, da 1ª Vara Criminal.
Até o momento, nem Dino e nem Jerry, que costumam vociferar bons valores nas redes sociais, deram um pio sobre os fatos apresentados pela PF.
O blog segue aguardando estes posicionamentos com ansiedade…
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