Em documento destinado ao desembargador federal João Pedro Gebran Neto, responsável pelos processos da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o juiz Sérgio Moro questiona a soltura do ex-gerente da Petrobras, Luís Carlos Moreira da Silva. O ex-executivo foi solto no último dia 27 por conta de uma decisão do TRF4 de Porto Alegre.
No texto, Moro destaca que a soltura na prática, significa premiar o comportamento de destruição de provas. O ex-executivo foi condenado a doze anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em ação penal que apurou o aluguel de dois navios-sonda, cedidos pela Schahin Engenharia, à Petrobras.
Silva teria recebido propina para facilitar os contratos. Ele foi preso no dia 20 de outubro na quadragésima sexta fase da lava jato, por determinação de Moro, que alegou, entre outras coisas, que o réu teria apagado mensagens de e-mails suspeitas enviadas a ex-executivos da Petrobras.
Silva ainda possui ativos em contas bancárias no exterior e é investigado por envolvimento no esquema de propina relacionado a compra da Refinaria de Pasadena e em contratos superfaturados com as subordinadas da Petrobras.
O magistrado destaca que existe também o risco do condenado em primeira instância fugir do País e ainda ficar com o produto do crime. Para Moro, manter o ex-executivo em liberdade é colocar em risco a recuperação do produto dos crimes e a aplicação da lei penal.
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