Historia de São Luís, o Sonho da França Equinocial no Brasil
1 - Portugueses, Franceses e a fundação de São Luís
Desde a época das capitanias hereditárias, várias expedições foram enviadas ao Maranhão para tomada de posse da área. A capitania do Maranhão, que era talvez a maior de todas, foi entregue ao nobre e rico português João de Barros. A primeira expedição enviada em 1535 constava de dez navios, 900 homens e cento e treze cavalos. O naufrágio de algumas caravelas ao se aproximar da ilha inviabilizou a expedição. A segunda tentativa se deu em 1554 com três navios e doze caravelas que também naufragaram nas proximidades da ilha. Expedições por terra foram tentadas mas esbarraram na resistência dos índios. Assim essa região do país ficou muito tempo sem a colonização portuguesa.
SÃO LUIS, ILHA DO AMOR
Vista da área nova da cidade a partir do primeiro forte que hoje é o Palácio do Governo |
Os franceses, por outras rotas, estabeleceram em 1594, um posto de comércio de madeiras, na localização chamada pelos indígenas de "Upaon-Açu". Inconformados com o seu alijamento do comercio internacional, em 1612 os franceses sonharam em criar uma França nos trópicos. O projeto se chamava "França Equinocial". Em três navios trouxeram 500 homens em missão comandada por "Daniel de La Touche". Junto com a missão vieram os padres capuchinhos frei Ambrosio D'Amiens, frei Ivo D'Evreux, frei Arsênio de Paris, e o frei Claude D'Abbevile. Chegaram, aportaram e criaram um forte, onde hoje é o Palácio dos Leões, além de cerca de 40 casas. Ao forte deram o nome de "Saint Louis", uma homenagem ao Rei da França. Na mesma data em que deram nome ao forte, rezaram a primeira missa, 08 de janeiro de 1612. O certo é que esse projeto durou apenas 01 ano e alguns meses. Ao saber da chegada dessa comitiva e da intenção dos franceses, os portugueses mais que depressa se prepararam para não ceder a hegemonia na área que haviam conquistado.
2. - Portugueses e Espanhois unidos na Reconquista da Terra
Brasão do Reino Unido |
Após a morte do rei de Portugal, Dom Sebastião, sem deixar herdeiros, em 1580, o rei da Espanha, Dom Felipe II, filho do Imperador do sacro Império Germãnico e Rei das Espanhas, Carlos V de Habsburgo e de Isabel de Portugal, reivindicou o trono e uniu os dois reinos, criando um verdadeiro império ultra-marino. Foi nesse ambiente que o reino unido de Espanha e Portugal recebeu a informação da invasão da França no norte do País.
Como a Espanha não queria nenhum estrangeiro na região norte, evitando que tivessem acesso ao seu fornecimento de ouro na região do Peru, apoiou a solicitação de Portugal e juntos enviaram um grupo militar de 400 homens comandados por Alexandre Moura. Este, acompanhado de índios amigos, provenientes da região de pernambuco, chegou por terra a uma região denominada Baía de Guaxenduba, onde construíram um forte e prepararam o ataque. Os franceses ficaram sabendo com antecedência, e junto com seus aliados os índios tupinambás, tentaram atacar primeiro, mas foram surpreendidos e derrotados no que ficou conhecido com aBatalha de Guaxenduba.
Vencida a baralha em 1615, em uma negociação com os portugueses, os franceses que ficaram no forte, se renderam e se retiraram para a França. Ficaram habitando na região aqueles que haviam se casado com índias. O português Jerônimo de Albuquerque ficou com a missão de organizar a formação da cidade. Foram criadas as câmaras com juízes, vereadores, e um procurador. O engenheiro Francisco Frias, engenheiro mor do Brasil na época, também participou da conquista de São Luís e fez o planejamento da cidade com ruas retas e com as características regulares das cidades espanholas da época.
Obs: Ainda hoje muita discussão é realizada sobre o que se deveria considerar como a fundação da cidade: A data da construção do forte e das primeiras casas pelos franceses ou a data da constituição da câmara com juízes, planejamento urbano, ...,. De qualquer modo, a colonização inicial foi lenta e a exemplo de todos os lugares, prevalece a tese da fundação realizada pelos primeiros ocupantes, no caso os franceses. Culturalmente, toda influencia em São Luís é portuguesa, não podendo ser de outra maneira, dado ao período mínimo de permanência dos outros povos.
Como a Espanha não queria nenhum estrangeiro na região norte, evitando que tivessem acesso ao seu fornecimento de ouro na região do Peru, apoiou a solicitação de Portugal e juntos enviaram um grupo militar de 400 homens comandados por Alexandre Moura. Este, acompanhado de índios amigos, provenientes da região de pernambuco, chegou por terra a uma região denominada Baía de Guaxenduba, onde construíram um forte e prepararam o ataque. Os franceses ficaram sabendo com antecedência, e junto com seus aliados os índios tupinambás, tentaram atacar primeiro, mas foram surpreendidos e derrotados no que ficou conhecido com aBatalha de Guaxenduba.
Vencida a baralha em 1615, em uma negociação com os portugueses, os franceses que ficaram no forte, se renderam e se retiraram para a França. Ficaram habitando na região aqueles que haviam se casado com índias. O português Jerônimo de Albuquerque ficou com a missão de organizar a formação da cidade. Foram criadas as câmaras com juízes, vereadores, e um procurador. O engenheiro Francisco Frias, engenheiro mor do Brasil na época, também participou da conquista de São Luís e fez o planejamento da cidade com ruas retas e com as características regulares das cidades espanholas da época.
Obs: Ainda hoje muita discussão é realizada sobre o que se deveria considerar como a fundação da cidade: A data da construção do forte e das primeiras casas pelos franceses ou a data da constituição da câmara com juízes, planejamento urbano, ...,. De qualquer modo, a colonização inicial foi lenta e a exemplo de todos os lugares, prevalece a tese da fundação realizada pelos primeiros ocupantes, no caso os franceses. Culturalmente, toda influencia em São Luís é portuguesa, não podendo ser de outra maneira, dado ao período mínimo de permanência dos outros povos.
Colonização
Para desenvolver a colonização o governo português incentivou a imigração de açorianos para a área do Maranhão em 1620, a exemplo do que já havia acontecido na região de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Como em todas outras áreas, os colonos logo tentaram a plantação de cana para a produção de açúcar. Os índios foram utilizados como mão de obra mas a produção foi pequena durante todo o séc. XVII.
Invasão Holandesa
3. - A divisão do Brasil
Com um território tão vasto para administrar e reconhecendo as dificuldades de comunicação e integração da época entre o governo geral do Brasil em Salvador com a região norte, Portugal decide em 1621, dividir o Brasil em duas regiões; O estado do Brasil e o estado do Maranhão que abrangia toda a região norte acima da capitania Maranhense. São Luís foi eleita como a melhor localização para sediar a capital do estado. Em 1645 o estado passou a ser estado do Maranhão e Grão Pará. Em 1751 a capital dos dois estados mudou brevemente para Belém. Em 1772 a Coroa passou a ter os estados do Grão Pará e Rio Negro, Maranhão e Piauí, e Brasil. Somente em 1811 o Brasil passa a ser um estado colonial unificado com os demais.
4 - Ordens Religiosas e Igrejas em São Luís
4.1 Capuchinhos
4.2 Jesuítas
Os jesuítas vieram para o Brasil acompanhando o Governador geral Tomé de Souza em 1539. Os padres jesuítas Manoel da Nóbrega e Padre José de Anchieta, logo se destacaram pela sua tenacidade na defesa dos índios, na catequese dos índios e na fundação de escolas e seminários em todo o país. Em São Luís, Os jesuítas chegaram junto com a força luso-espanhola que reconquistou a cidade em 1615. OS padres Manuel Gomes e Diogo Nunes ficaram na região por dois anos e meio realizando trabalhos de evangelização mas sem formar missão. Somente em 1622 Luiz Figueira e Benedito Amodei, chegam a São Luís para fixar residência. No início eles encontraram bastante resistência dos colonos que tinham receio que as práticas jesuítas em favor dos índios dificultasse a escravização dos índios para as suas iniciativas de colonização. Nesse mesmo ano o colégio e a igreja da Companhia de Jesus foi erguida sobre a ermida construída por capuchinhos franceses.
Missões - Em 1636, os jesuítas iniciaram suas tentativas de instalação de missão na região do Grão Pará. Entretanto, apenas em 1643 um grupo de 11 missionários partiu para empreender a tarefa, mas ainda sem lograr exito. Somente em 1652 a Missão do Maranhão foi reativada com o envio do Padre Antonio Vieira que se encontrava em Portugal. A vinda do Padre Antonio Vieira revitalizou o projeto das Missões da Companhia na região norte.
Padre Antonio Vieira - Um dos mais brilhantes oradores do Brasil, o padre Antonio Vieira nasceu em Portugal em 1608 e veio para o Brasil ainda criança em 1614. Ingressou na companhia de jesus como noviço em maio de 1623 e ordenou-se sacerdote em 1634, após ter estudado Teologia, Metafísica, Lógica e Matemática além de obter um mestrado em Artes e ter ensinado Retórica em Olinda. Defensor fervoroso dos índios e dos judeus, caiu em desgraça com a instalação da inquisição. Retornou a Portugal em 1641 e após uma vitoriosa carreira diplomática voltou ao Brasil no período de 1652 a 1661, dessa vez como missionário no Maranhão e Grão Pará. Em 1654 proferiu em São Luís o famoso "Sermão de Santo Antonio aos Peixes". Padre Antonio Vieira, Padre Manuel da Nóbrega e Padre José de Anchieta são os mais célebres jesuítas na história do Brasil. Conhecidos por suas posições na defesa dos índios, Padre Antônio Vieira dos três se sobressai no campo literário, pois a sua relevância para a prosa portuguesa se equipara a de Camões para o verso.
Os primeiros padres a virem para São Luís foram os frades da ordem dos Capuchinhos que vieram juntos com os franceses em 1612. A Ordem dos frades menores capuchinhos é um movimento franciscano reformista iniciado em 1525 na Itália. Inicialmente eles foram considerados apóstatas pelo documento papal de 1526 mas logo depois receberam autorização para viverem de forma eremítica nos arredores de Camerino.
4.2 Jesuítas
Os jesuítas vieram para o Brasil acompanhando o Governador geral Tomé de Souza em 1539. Os padres jesuítas Manoel da Nóbrega e Padre José de Anchieta, logo se destacaram pela sua tenacidade na defesa dos índios, na catequese dos índios e na fundação de escolas e seminários em todo o país. Em São Luís, Os jesuítas chegaram junto com a força luso-espanhola que reconquistou a cidade em 1615. OS padres Manuel Gomes e Diogo Nunes ficaram na região por dois anos e meio realizando trabalhos de evangelização mas sem formar missão. Somente em 1622 Luiz Figueira e Benedito Amodei, chegam a São Luís para fixar residência. No início eles encontraram bastante resistência dos colonos que tinham receio que as práticas jesuítas em favor dos índios dificultasse a escravização dos índios para as suas iniciativas de colonização. Nesse mesmo ano o colégio e a igreja da Companhia de Jesus foi erguida sobre a ermida construída por capuchinhos franceses.
Missões - Em 1636, os jesuítas iniciaram suas tentativas de instalação de missão na região do Grão Pará. Entretanto, apenas em 1643 um grupo de 11 missionários partiu para empreender a tarefa, mas ainda sem lograr exito. Somente em 1652 a Missão do Maranhão foi reativada com o envio do Padre Antonio Vieira que se encontrava em Portugal. A vinda do Padre Antonio Vieira revitalizou o projeto das Missões da Companhia na região norte.
Padre Antonio Vieira - Um dos mais brilhantes oradores do Brasil, o padre Antonio Vieira nasceu em Portugal em 1608 e veio para o Brasil ainda criança em 1614. Ingressou na companhia de jesus como noviço em maio de 1623 e ordenou-se sacerdote em 1634, após ter estudado Teologia, Metafísica, Lógica e Matemática além de obter um mestrado em Artes e ter ensinado Retórica em Olinda. Defensor fervoroso dos índios e dos judeus, caiu em desgraça com a instalação da inquisição. Retornou a Portugal em 1641 e após uma vitoriosa carreira diplomática voltou ao Brasil no período de 1652 a 1661, dessa vez como missionário no Maranhão e Grão Pará. Em 1654 proferiu em São Luís o famoso "Sermão de Santo Antonio aos Peixes". Padre Antonio Vieira, Padre Manuel da Nóbrega e Padre José de Anchieta são os mais célebres jesuítas na história do Brasil. Conhecidos por suas posições na defesa dos índios, Padre Antônio Vieira dos três se sobressai no campo literário, pois a sua relevância para a prosa portuguesa se equipara a de Camões para o verso.
4.2.1 - Igreja do Desterro
4.2.2 - Igreja de Santo Antônio
Quando chegaram os primeiros frades capuchinhos franceses em 1612, eles construíram o convento de São Francisco. Nesse lugar, em 1624 foi construída uma capela pelo frade franciscano Frei Cristovão de Lisboa, que vindo de Pernambuco encontrou em ruínas o antigo convento. Foi nessa capela que o Padre Antonio Vieira fazia as suas pregações e aqui ele proclamou o celebre sermão dos peixes. Quando a Igreja de Santo Antonio foi construída os franciscanos doaram a capela a irmandade de Bom Jesus dos Navegantes. Ela tem o estilo Manuelino com duas torres pequenas. Posteriormente, os Jesuítas ergueram no local o convento de Santo Antonio.
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4.2.3 - A Igreja da Sé / Catedral de São Luís
Entre 1619 e 1622 foi construída pelo capitão Diogo Machado de Carvalho a pequena Igreja de Nossa Senhora da Vitória, em homenagem a proteção de Nossa Senhora na batalha de Guaxenduba, onde os portugueses derrotaram os franceses. Quase setenta anos depois, os jesuítas iniciaram a construção em local próximo, da Igreja e do Colégio de Nossa Senhora da Luz. O projeto da Igreja foi feito pelo Padre Luxemburgês Felipe Bertendorf e aprovado por Roma. A Igreja foi consruída com mão do obra indígena e concluída em 1699. Em 1761, após a expulsão dos jesuítas do Brasil, ficou determinado os seus bens passariam para a Fazenda Nacional, e que o colégio e a Igreja seriam transformados no Paço Episcopal e Catedral de São Luís. A antiga igreja construída por Diogo de Carvalho estava então bastante deteriorada e foi demolida em 1763. A nova Igreja passou também a ser conhecida como Igreja da Sé e Igreja de Nossa Senhora da Vitória.
Igreja da Sé e Palácio Episcopal |
4.3 Carmelitas
Os primeiros frades carmelitas vieram para o Brasil em 1580, acompanhando a expedição de Frutuoso Barbosa que tinha como objetivo fundar uma colonia na Capitania da Paraíba. A tentativa de colonização fracassou devido a fortes tempestades que dispersaram os navios. Frutuoso Barbosa voltou para Portugal mas os frades carmelitas ficaram em Olinda onde três anos depois já iniciavam a fundação de conventos. Os frades carmelitas frei Cosme da Anunciação e frei André da Natividade chegaram a São Luís também em 1615 acompanhando a força portuguesa para a luta contra os franceses. Com a vitória dos portugueses eles receberam um terreno onde em 1616 fundaram o primeiro convento. Em 1627 é decidida a construção do novo convento no mesmo onde está atualmente. Outros conventos fundados pela ordem no norte foram os de Belém do Pará(1624), Gurupá (1639) e Alcântara (1647). Desde 1894 o convento de São Luís é administrado pelos frades capuchinhos.
Os primeiros frades carmelitas vieram para o Brasil em 1580, acompanhando a expedição de Frutuoso Barbosa que tinha como objetivo fundar uma colonia na Capitania da Paraíba. A tentativa de colonização fracassou devido a fortes tempestades que dispersaram os navios. Frutuoso Barbosa voltou para Portugal mas os frades carmelitas ficaram em Olinda onde três anos depois já iniciavam a fundação de conventos. Os frades carmelitas frei Cosme da Anunciação e frei André da Natividade chegaram a São Luís também em 1615 acompanhando a força portuguesa para a luta contra os franceses. Com a vitória dos portugueses eles receberam um terreno onde em 1616 fundaram o primeiro convento. Em 1627 é decidida a construção do novo convento no mesmo onde está atualmente. Outros conventos fundados pela ordem no norte foram os de Belém do Pará(1624), Gurupá (1639) e Alcântara (1647). Desde 1894 o convento de São Luís é administrado pelos frades capuchinhos.
4.3.1 - Igreja do Carmo
| Foi construída pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos em 1627. Foi comprada pelos padres capuchinhos em 1894. Foi marco histórico da luta contra os holandeses e é parte integrante do Convento do Carmo. |
4.4 - Igreja de Nossa Senhora dos Remédios
Atualmente uma das mais bonitas e conservadas Igreja de São Luís, a Igreja dos Remédios foi construída em 1719 inicialmente como uma pequena capela. Em 1775 a igreja foi melhorada e passou ao longo do tempo por várias reformas. A sua construção atual é de 1860 e segue o estilo gótico estilizado.
4.5 - Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
Construída por iniciativa da irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, com a ajuda de devotos de toda parte. Em 1772 a igreja foi restaurada, e mais tarde seu altar-mor recebeu a imagem de sua santa padroeira. Suas paredes laterais são revestidas por azulejos que formam belíssimos painéis.
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5 - Influência Portuguesa na arquitetura colonial
Como os franceses ficaram apenas três anos em São Luís, foi dos portugueses que a cidade herdou toda a sua herança cultural. O casario colonial retrata o auge vivido pela cidade no período do século XVIII ao século XIX, quando São Luís era uma das cidades mais importantes do país e um grande exportador de algodão e açúcar.
Colonizadores portugueses e seus descendentes reproduziam nos solares e casarões o estilo arquitetônico colonial europeu. Na cidade dos azulejos, como São Luís também é conhecida, os colonizadores utilizaram o revestimento nas fachadas, como forma de amenizar o calor e evitar a umidade. Uma idéia funcional que também agregou charme e beleza, e se tornou marca característica das construções coloniais maranhenses.
A área de casarões históricos de São Luís ocupa 250 hectares e envolve três mil e quinhentas construções. A beleza e a importância histórica deste acervo arquitetônico foram reconhecidas em 1997, pela Organização das Nações Unidas para a Educação e Cultura (UNESCO), que concedeu à cidade o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.
No Centro Histórico de São Luís, encontra-se 84 tipos de azulejos entre novos e antigos e de origem portuguesa, francesa, alemã e inglesa. Foram também mapeados azulejos antigos que revestem fachadas, interiores de alguns imóveis e outros independentes.
6 - A Independência do Brasil
A independência do Brasil teve o grande mérito de manter o país unido entretanto ao contrário do que parece a adesão de todas as províncias não foi imediata e sem resistência. No caso particular das províncias do norte, Maranhão, Piauí e Grão Pará, a relação direta dessas regiões com o governo português e a presença mais independente dos colonizadores portugueses fez com que inicialmente essas regiões se recusassem a reconhecer a independência e se mantivessem fiel à coroa.
Entretanto, enquanto os partidários de Portugal contavam com reforços militares enviados de Lisboa, o império contava com ajuda da Inglaterra para o fornecimento de armamentos, empréstimos em dinheiro e fornecimento de militares experientes como o Lord Cochrane.
Entretanto, enquanto os partidários de Portugal contavam com reforços militares enviados de Lisboa, o império contava com ajuda da Inglaterra para o fornecimento de armamentos, empréstimos em dinheiro e fornecimento de militares experientes como o Lord Cochrane.
A Junta de Governo de São Luís recusou-se a reconhecer o Império e mobilizou as tropas lusas estacionadas na província. A ação dos populares maranhenses e a chegada de Cochrane abateram o ânimo dos portugueses e a província se integrou ao Império, em 26 de julho de 1823.
7 - Os Ciclos de desenvolvimento de São Luís
No início de sua colonização, São Luís enfrentou a baixa produtividade da mão de obra indígena na lavoura de cana de açúcar e no trabalho do engenho. Esse fator aliado a distância dos maiores produtores como Pernambuco, Bahia e São Paulo fez com que São Luís ficasse por um tempo afastado das grandes rotas comerciais.
A criação da Companhia de Comércio do Estado do Maranhão, em 1682, integrou a região ao grande sistema comercial mantido por Portugal. As plantações de cana, cacau e tabaco eram agora voltadas para exportação, tornando viável a compra de escravos africanos. A Companhia, de gestão privada, passou a administrar os negócios na região em substituição à Câmara Municipal. O alto preço fixado para produtos importados e discordâncias quanto ao modelo de produção, geraram conflitos nas elites que culminaram na Revolta de Beckman, considerada a primeira insurreição da colônia contra Portugal. O movimento foi prontamente reprimido pelas forças governistas.
Entre o final do século XVIII e meados do século XIX, São Luís viveu um período de grande ebulição na produção algodoeira causado pela quebra de produção americana devido à guerra civil que dividia o páis, e ao aumento da demanda por parte da indústria textil inglesa.
No século XIX São Luís havia se tornado a quarta maior cidade do brasil e abrigava a terceira maior população negra do país.
Com o fim da guerra americana e o arrefecimento do consumo europeu de algodão, São Luís entrou em um período de decadência que duraria até meados do século XX, quando a sua vocação portuária começaria novamente a alavancar a economia da região. A construção do Porto de Itaqui foi então o grande diferencial de São Luís.
São Luís responde por metade do Produto interno Bruto do território da Estrada de Ferro Carajás. Em 2004, quando o PIB dessa região somou R$ 11 bilhões 540 milhões, a cidade participou com R$ 5,8 bilhões. O valor correspondia a 50,4 % do PIB do território da Estrada de ferro Carajás. Exportações de minério e ferro gusa, serviços associados, comércio e administração pública são as atividades econômicas mais importantes da capital. (fonte: Fundação Vale)
No século XIX São Luís havia se tornado a quarta maior cidade do brasil e abrigava a terceira maior população negra do país.
Com o fim da guerra americana e o arrefecimento do consumo europeu de algodão, São Luís entrou em um período de decadência que duraria até meados do século XX, quando a sua vocação portuária começaria novamente a alavancar a economia da região. A construção do Porto de Itaqui foi então o grande diferencial de São Luís.
São Luís responde por metade do Produto interno Bruto do território da Estrada de Ferro Carajás. Em 2004, quando o PIB dessa região somou R$ 11 bilhões 540 milhões, a cidade participou com R$ 5,8 bilhões. O valor correspondia a 50,4 % do PIB do território da Estrada de ferro Carajás. Exportações de minério e ferro gusa, serviços associados, comércio e administração pública são as atividades econômicas mais importantes da capital. (fonte: Fundação Vale)
Setores da Economia no PIB 1999 2004
Agropecuária | 0,4% | 0,2% |
Indústria | 37,2% | 41,2% |
Serviços | 48,6% | 44,2% |
Administração Pública | 13,8% | 14,4% |
8 - São Luís atual
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8.1 - Centro
Ponte que liga a ilha ao continente vista da igreja dos Remédios |
8.2 - As Praias de São Luís
As praias de São luís são caracterizadas por uma grande variação entre a maré baixa e maré alta, produzindo imensas faixas de areia no litoral. As praias urbanas são as de São Marcos, Calhau e Olho d'água;
Praia de São Marcos |
Praia de Olho Dágua |
9 - Folclore Maranhense e Patrimônio Cultural
São Luís mantém no seu folclore toda a herança cultural do período colonial, retratando as relações entre patrões e escravos, cultos africanos proibidos, mitos indígenas, ...,. Associado a tudo isso temos também uma terra rica de escritores como Gonçalves Dias, Graça Aranha e outros. Mais recentemente a tradição musical do Reggae, vinda das terras jamaicanas, encontrou em São Luís a sua sede no Brasil. É de São Luís o famoso conjunto Tribo de Jah.
9.1 - Tambor de Crioula
| Dança de origem africana em homenagem a São Benedito. A animação é feita com uma toada puxada por um dos homens e com o resto dos participantes fazendo o coro. O canto é livre e a base de improvisos simples. A música é marcada pelo som dos tambores que são bastante rústicos. A coreografia é baseada em uma roda com o convite e a entrada de uma ou duas das mulheres ao centro para fazer a evolução. As mulheres usam saia rodada de estampa colorida e os homens calça escura e camisa estampada. |
9.2 - Cacuriá
O Cacuriá é uma dança típica do maranhão e bastante difundida nas festas juninas. A dança é feita em pares com formação em círculo. Inicialmente a música era feita apenas com tambores, mas hoje apresenta violão, banjo e flautas. A dança dos pares é uma dança sensual derivada do carimbó. O grupo mais famoso é o Cacuriá de Dona Tetê, que é considerada a criadora do ritmo. |
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9.3 - Bumba meu Boi
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O enredo do Bumba-meu-Boi se baseia em uma história envolvendo um Coronel, um casal de escravos, e mitos indígenas. Numa fazenda de gado, o escravo Pai Francisco mata um boi de estimação de seu senhor para satisfazer o desejo de sua esposa grávida, Mãe Catarina, que quer comer língua. Quando descobre o sumiço do animal, o senhor fica furioso e, após investigar entre seus escravos e índios, descobre o autor do crime e obriga Pai Francisco a trazer o boi de volta. Curandeiros são convocados para salvar o boi e, quando este ressuscita urrando, o escravo é perdoado e todos participam de uma enorme festa para comemorar o milagre.
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